O INTOLERÁVEL DO PRESENTE, A URGÊNCIA DA REVOLUÇÃO: MINORIAS E CLASSES

Maurizio Lazzarato

Título O intolerável do presente, a urgência da revolução: Minorias e Classes


Autor Maurizio Lazzarato

Tradutor Flavio e Pedro Taam

Projeto gráfico Leonardo Araujo Beserra (Glac edições)

Ano 2022 | 1º edição


N˚ de páginas 352p

Dimensões 21 cm X 14 cm 

ISBN 978-65-86941-92-0

Sobre o livro


Este livro não pretende afirmar o que será a revolução do século XXI, tampouco se ela ainda será possível. Mais modestamente, ele busca fazer um balanço, cuja elaboração ainda falta, das rupturas revolucionárias no século xx e definir as condições a partir das quais se poderia começar a falar novamente de revolução.


Autor


Maurizio Lazzarato     é um dos pensadores políticos europeus mais independentes e originais da atualidade. Proveniente do operaísmo italiano dos anos 70, despontou como um analista arguto das “revoluções do capitalismo”, título de um de seus livros já traduzidos no Brasil. Em seu exílio na França, junto com Toni Negri, deu início a uma pesquisa seminal sobre o trabalho dito “imaterial”, num contexto em que a produção se revelava cada vez mais centrada no conhecimento e na invenção, deslocando os parâmetros tradicionais da análise política. Ao alargar seu escopo, e inspirado no trabalho de Gabriel Tarde, publicou As potências da invenção , detectando aquilo que se tornou o cerne da produção – a saber, a “força-invenção”. Também se debruçou sobre a luta concreta dos chamados “intermitentes”, na França –  trabalhadores do setor de espetáculos que até há pouco gozavam de uma proteção social condizente com o caráter descontínuo de sua atividade. O autor entendeu que essa categoria aparentemente secundária encarnava uma tendência crescente do próprio trabalho no capitalismo atual (o cognitariado): a indistinção entre tempo de trabalho e tempo de lazer, a alternância entre trabalho e não trabalho, a precarização do emprego, o lugar da invenção e da criatividade, etc. 

Pouco antes da crise dos derivativos, publicou O homem endividado , traduzido para mais de quinze idiomas, sucesso que se explica pela forma como analisou o papel da dívida na dinâmica econômica do presente. Fornecia, assim, de maneira antecipatória, uma interpretação do sismo econômico que abalaria o planeta. O governo do homem endividado aprofundou tal perspectiva, ao ver na dívida um mecanismo central de exercício de poder na atualidade. 

Mais recentemente, escreveu com Eric Alliez Guerras e Capital , num esforço de fôlego para apreender a dimensão bélica do capitalismo contemporâneo. E em 2019 publicou pela n-1 Fascismo ou revolução?